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Aqui respondemos algumas dúvidas que os curiosos possam ter sobre o trabalho do Balaio e os bichinhos.

Dúvidas sobre o abrigo

Se o endereço for de conhecimento público, o abrigo se torna um lugar onde pessoas abandonam animais na porta quando os encontram nas ruas ou quando não os querem mais. Isso já aconteceu no passado. O Balaio não tem a capacidade para receber qualquer animal que precise, tendo espaço limitado e dependendo do tempo e da ajuda de voluntários.

Você pode contar a outros sobre o abrigo ou ajudar na conscientização de amigos e família sobre a importância da castração de animais, da não-objetificação de bichinhos, sobre os problemas da comercialização de animais domésticos e de raça e como não é bom dar animais como presente (especialmente se for de surpresa). Bichinhos abandonados não são só uma tristeza, mas também podem causar problemas de saúde pública.
• Conscientize outros sobre a importância de adotar animais em vez de comprá-los e sobre devidamente castrar os bichinhos e não deixar gatos e cães saírem de casa sem supervisão.
• Estimule outros a colocar menos importância em raças e pedigrees (animais são indivíduos, não são marcas). Lute contra estereótipos negativos de abrigos.
Quanto mais pessoas responsáveis e conscientizadas, com o tempo, poderemos diminuir a quantidade de animais de rua na cidade.

Itens de limpeza como álcools, desinfetantes, detergentes, jornais.
Itens de enxoval como toalhas, lençóis, cobertores.
Alimentos como ração e patê (preferencialmente, pergunte-nos sobre quais rações estamos utilizando no momento).
Itens de animais como potinhos para comida e água.
Lembrando que os itens devem estar em um mínimo de bom estado. Não doe objetos mofados, parasitados e destruídos.

O Abrigo, por não ser uma instituição pública, não realiza visitações abertas ao público. Agradecemos sua compreensão.
As visitas são permitidas apenas para voluntários frequentes, adotantes que passam pelos critérios para adoção, parceiros e padrinhos de animais (perante agendamento prévio).
Para entender o cuidado sobre visitas, veja a questão acima: “por que não disponibilizam o endereço do abrigo?”

O voluntariado do abrigo dedica muito amor, carinho e dinheiro para resgatar, cuidar e preparar bichinhos para um novo lar. Então, queremos nos certificar que os gatos e cães resgatados encontrem uma casa acolhedora com condições para recebê-los. Ser criterioso ajuda a evitar situações de animais serem devolvidos ao abrigo, ou abandonados, ou fugirem para as ruas, ou serem mal-cuidados, entre tantos outros perrengues. É preciso ser um pouco rigoroso para certificar ao máximo que a pessoa esteja de fato séria sobre somar um membro a sua família, uma responsabilidade emocional, financeira e pessoal que perdurará anos.

O Balaio não realiza resgates. Nós trabalhamos com recursos finitos (espaço, voluntários, fundo de caixa) que precisam de equilíbrio. A capacidade de abrigar mais animaizinhos depende do ritmo de adoção; se muitos bichinhos forem adotados, outros podem ser acolhidos. Para evitar uma superlotação do abrigo, não podemos aceitar todos os bichinhos que precisam de ajuda: um abrigo superlotado reduz a qualidade de vida dos animais e facilita a transmissão de possíveis doenças entre eles. Se você achar um animalzinho precisando de ajuda, podemos oferecer instruções para que você mesmo realize o resgate.

Dúvidas sobre os animais

FELV (também escrito FeLV), Feline Leukemia Virus (Vírus da Leucemia Felina) é uma virose infecciosa entre gatos. Não se trata de uma zoonose (doença que pode passar para seres humanos) e não se propaga para outras espécies de animais como cães.
O vírus pode passar para outros gatos com contato prolongado, ou através de mordidas, lambidas, leite materno e dejetos. A doença nem sempre mostra sinais visíveis ou sintomas, mas ela não possui cura definitiva. A melhor prevenção é isolar os gatos infectados, e em hipótese alguma deixar gatos com FELV saírem de casa sem supervisão.
A pessoa que estiver disposta a adotar um gato com FELV deverá se familiarizar com a doença e se atentar a cuidados extras, já que eles são mais vulneráveis a outras doenças.

Se você já tiver gatos em casa e quiser adotar um FELV+, é de extrema importância vacinar seus felinos; a vacina quíntupla oferece proteção contra o vírus. Isso não significa uma certeza de 100% de que não haverá infecção, mas ela é extremamente efetiva. Converse com um veterinário de confiança antes de tomar qualquer decisão, se informando de riscos e custos.

Fonte: Universidade de Medicina Veterinária de Cornell.

Leishmaniose é uma doença advinda de espécies de protozoário, que mais comumente afeta caninos. Ela é transmitida por várias espécies de mosquitos/moscas hematófagas da família dos flebotomíneos, e mosquitos portadores de espécies do parasita podem infectar diversos mamíferos, incluindo seres humanos e gatos, embora seja mais raro que afete felinos. Além da picada de um mosquito portador, em cães, a doença pode ser transmitida: de mãe para filhotes, por transfusão de sangue e, reportadamente, por algumas formas de contato como brigas.
Mais relevantemente, cães com leishmaniose se tornam reservatórios da doença, mesmo sem sintomas clínicos, podendo infectar mosquitos que os picam que então podem levar a doença a outros e alastrá-la. Por isso, é de grande importância para a saúde pública tratar a doença com os medicamentos corretos e seguir orientações veterinárias (como o uso de coleiras repelentes, telas contra mosquitos, etc).
A leishmaniose não é curável, mas tratamento ajuda a mantê-la menos transmissível e perigosa. Os sintomas dependem de cada animal, e vários bichinhos tratados podem se manter saudáveis. O adotante que decidir cuidar de um cãozinho com leishmaniose deve se atentar aos cuidados específicos e estar compromissado não só com a saúde do animal companheiro, mas com a de outros.

Fontes: Portal Vet RoyalCanin, MSD Veterinary Manual

Tentamos fazer o que podemos para devidamente castrar nossos bichinhos, mas devido a doenças/tratamentos ou idade, alguns ainda não estão castrados, embora esse seja o objetivo para todos. As fêmeas são castradas a partir de 6 meses, e os machos a partir de 8-9 meses. Nas listas de adoção, na medida possível de atualizações, nós informamos quais animais são castrados e quais não são.

No Brasil, em várias grandes cidades e em algumas áreas mais rurais, há o problema de cães e gatos soltos e de rua. Muitos animais soltos e/ou abandonados acabam se acasalando nas ruas e criando mais animais, perpetuando um ciclo constante de mais animais desabrigados. Por não terem dono, e tantos nascerem nas ruas, não há ninguém legalmente responsável pelos bichos, e deixado de lado, esse problema leva à realidade de milhares de animais em situação de risco. Esse risco não é apenas aos cães e gatos, mas também a outros animais domésticos, faunas locais como aves, e seres humanos: bichinhos soltos podem causar acidentes de trânsito, proliferar doenças e machucar pessoas. A forma mais eficaz de combater esse problema é por programas de castração para impedir que os animais venham a ter mais filhotinhos, principalmente se forem de rua. Há um excesso de animais e uma falta de pessoas que queiram ou tenham disponibilidade para cuidar deles, então a castração auxilia na diminuição desse número, em busca de um futuro sem animais nas ruas.

Sim, todos os animais daqui são vacinados.

Os gatos são vacinados com a vacina quádrupla (rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia e clamídia) e também recebem a vacina antirrábica (contra Raiva), a partir de 60 dias de idade (90 se em lar).
Os cães são vacinados com a V8 (vacina contra Adenovirose, Cinomose, Coronavirose canina, Hepatite, Leptospirose, Hepatite, Parainfluenza e Parvovirose), além da antirrábica. Começam a ser vacinados com 45 dias de idade, com intervalos de 21 dias para mais duas doses da V8.

Quando forem adotados, os adotantes receberão o cartão de vacinas do animal e todas as informações pertinentes sobre sua saúde.

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